3.11.10

A soma, do inicio ao fim.

As gotas brincavam de cair por noite a fora enquanto as luzes se apagavam e deixavam que os olhares iluminassem os assuntos que percorriam entre os altos sons da noite quente que fazia ali. Falatório, copo quebrando no chão, risos e choro, mas a noite era dela porque ela decidiu que seria assim. Os olhos castanhos encontraram os negros, grandes e luminosos olhares que por um segundo se perdeu, e noutro foi encontrado. Incrível como as mãos falam mais que a boca e os dedos saboreiam melhor que a língua. Inquieto, o toque percorria entre goles e mordiscadas. Inquietos os pés dançavam ali embaixo da mesa bagunçada de vontade e molhada de timidez mútua. Mais algumas palavras trocadas, mais uns sorrisos sem graça, até que os sorrisos se aproximassem. Confissões, verdades e mentiras, agradáveis, e dali, pro pra sempre particular. E é verdade, e é mentira, e é vontade mas eu juro que é verdade. – Horas depois - E aqui depois da janela resolveu fazer frio lá fora e esquentar daqui pra dentro. Beijo com lábios besuntados de paixão dizendo sem usar palavras o quanto eu amo, amo você, amo nós dois juntos, mas não sei explicar, nem o mais romântico desse mundo saberia explicar, nem o mais quente letrista dessas musicas que nos fazem sentido saberia recitar o que é nós dois, o nós dois, só nós sentimos. Te fito com meus olhos negros e você me acolhe com os teus castanhos, posso sentir você, além do corpo, posso sentir você. Deixo que você empurre minha vaidade pro lado e com a outra mão embarace meus fios dentro dos teus dedos. Posso abraçar teu corpo com o meu. Ela pode te amar pro resto da vida enrolada nesses lençóis nesse curto espaço pra ocuparmos com nossos corpos.

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