8.7.10

Amedrontando destemidos

Eu a observava como de costume de todas as vezes que nos prepáravamos pra sair, sempre detalhista se olhava no espelho tantas vezes. Aquilo me deixava sempre tão irritado! - Você tá perfeita Sofia - E ela sorria com os labios lambuzados de brilho. Mas naquela noite, ela estava diferente, sempre fomos muito amigos e costumávamos sair juntos, ela com os casos dela eu com os meus e ficávamos bem assim. Confesso que a cada idiota que a fazia sofrer eu ficava com raiva, porque sabia do valor daquela mulher linda e no fundo, sentia ciumes, ciumes contido. Shhh. Fica quieto cara! Eu pensava comigo. - Eii moço mais chato do mundo, estou pronta! To bonita? - Ela tava usando um sapato alto, desses brilhosos de cor de cereja, calça jeans e uma blusinha preta, decotada, com os ombros nus, me perdi. Com cara de idiota fiquei olhando cada detalhezinho dela com vontade de beijar as curvas dela com a minha mão. - O rapá! Tá feia a roupa? Fala logo pra dar tempo de trocar... - Sorri calado e me senti perdido, minha melhor amiga, meu maior desejo. No carro ela falava animada, sorria a cada segundo, e eu olhando pro decote, pra boca, cheirando aquele perfume entorpecente. - Amor, tá me ouvindo? Tá nem prestando atenção né... - Claro, to sim, amor. Que raiva quando ela me chamava de amor. Eu estava apaixonado por ela não sabia a quanto tempo e ainda não havia percebido. Fiz questão de passar em frente dos piores lugares pra tentar ficar sozinho com ela enquanto ela reclamava que a noite estava passando e ela ainda não tinha bebido o whisky dela, achava sexy o jeito que ela bebia whisky, toda classuda. Até que resolvemos parar num barzinho perto da praia pra não passar a noite em branco. Onde ela passava ela causava assunto, as mulheres de cara torta, os homens se torcendo, e ela tinha uma beleza tão espontanea, vezes era sexy com inocencia. A cada gole no whisky que ela dava eu virava um copo inteiro me perdendo e prendendo de vontade. - Você tá mais bonito hoje. - Fiz silencio, e respirei fundo. Já devia ser umas quatro e meia da manhã, muito whisky pra enrolar ainda mais a minha cabeça e ela me pede pra dar uma volta na orla, pelo amor de Deus Sofia, não complica. A noite era quente, foi um dia desses de dezembro, ela deitou na areia e olhando pra estrelas sorriu e me disse - Não preciso de namorado, não preciso de nada e nem ninguém tendo você do meu lado! - Aham, tá bom. Ficava com raiva de mim me sentindo incompetente de não conseguir dizer aquela mulher o quanto eu a desejava, mais uns 20 minutos ali conversando e fomos pra casa. Acordei com sensação de vazio. Não tive coragem. Mulheres... Vezes nos deixam com medo...

[Continua...]

2 comentários:

womanlife disse...

Eles nunca tem coragem de nada... ôô viiiida!
Ficou ótimo esse Loo *;

Mandy Outeiro disse...

ja q ele nao tem coragem...estou torcendo para q sofia se toque e perceba né...bju loo